Acessibilidade e User Experience (UX)

Heurísticas de Nielsen: princípios e aplicações

Heurísticas de Nielsen: princípios e aplicações - A Avaliação Heurística (originalmente proposta por Nielsen e Molich em 1990) é uma técnica de inspeção que ajuda a identificar problemas de usabilidade em uma interface. Em outras palavras, uma avaliação heurística pode ser definida como uma revisão da sua interface, levando em consideração os aspectos da experiência do usuário.

Heurísticas de Nielsen: princípios e aplicações – A Avaliação Heurística (originalmente proposta por Nielsen e Molich em 1990) é uma técnica de inspeção que ajuda a identificar problemas de usabilidade em uma interface. Em outras palavras, uma avaliação heurística pode ser definida como uma revisão da sua interface, levando em consideração os aspectos da experiência do usuário.

Entender e aplicar as 10 heurísticas de usabilidade de Jakob Nielsen é essencial para criar interfaces intuitivas e eficientes. Sendo assim, veremos quais são as 10 heurísticas com alguns exemplos.

1. Visibilidade do status do sistema

Como o usuário é muito dependente da visão, o sistema deve sempre manter os usuários informados sobre o que está acontecendo, através de feedbacks apropriados e dentro de um tempo razoável, além de conduzir para os próximos passos. Como por exemplo, uma barra de carregamento que mostra o progresso de uma ação, como o upload de um arquivo.

Barra de carregamento

2. Correspondência entre o sistema e o mundo real

O sistema deve falar a mesma linguagem dos usuários, usando palavras, frases e conceitos familiares, do dia a dia, em vez de termos técnicos. Assim, as nomenclaturas, ícones que serão utilizados e imagens, precisam estar inseridos em um contexto para facilitar a compreensão.

Ícones

3. Controle e liberdade do usuário

Os usuários frequentemente escolhem funções por engano, como por exemplo, deletar um e-mail com um documento importante. Sendo assim, eles precisam de uma “saída de emergência” para reverter a situação e voltar para o estado anterior. É muito importante dar liberdade para que o usuário possa decidir e tomar as ações que quiser, exceto se for alguma regra do sistema. Um exemplo clássico é a opção de resgatar um e-mail deletado acidentalmente na lixeira e voltá-lo para a caixa de entrada principal.

Lixeira de email

4. Consistência e padrões

Manter consistência entre as telas de um sistema é essencial para que não seja necessário que os usuários tenham que adivinhar ou aprender se diferentes palavras, situações ou ações significam a mesma coisa. Siga convenções da plataforma, isso o ajudará a não se sentir perdido.

Consistência nas telas

5. Prevenção de erros

Erros podem acontecer por engano ou por falta de conhecimento do usuário. Mas, melhor do que boas mensagens de erro, é um design cuidadoso que previna esses problemas de ocorrer antecipadamente. Um dos exemplos mais explicativos que temos é quando o usuário vai deletar um documento e aparece uma mensagem de confirmação, perguntando se é aquilo que ele realmente quer. Essa mensagem de aviso é importante para que haja a confirmação ou não da decisão. Assim, prevenimos que o usuário se frustre ao ter deletado um arquivo que não deveria. No exemplo abaixo, prevenimos que o usuário clique no botão sem ter preenchido o e-mail no formato correto, deixando o botão desabilitado.

Botão desabilitado

6. Reconhecimento em vez de recordação

Minimize a carga de memória do usuário, tornando objetos, ações e opções visíveis. O usuário não deve ter que lembrar informações de uma parte do diálogo para outra. Um exemplo de quando podemos encontrar essa facilidade é quando nossos dados são preenchidos automaticamente em formulários ou então quando nossas senhas são lembradas.

Minimizar carga de memória com opções

7. Flexibilidade e eficiência de uso

A interface desenvolvida precisa ser útil e atender tanto aos usuários inexperientes quanto aos experientes. Os chamados aceleradores (que não são visíveis por usuários novatos) podem acelerar a interação para usuários experientes. Isso ajuda a melhorar a eficiência e flexibilidade de uma interface, estando mais voltada para a rapidez nas ações, como as teclas de atalho e a flexibilidade de acordo com a necessidade de cada um.

Atalhos que o Google Chrome oferece

8. Estética e design minimalista

O design ajuda muito na experiência do usuário e, quanto mais limpo e objetivo, melhor. Diálogos não devem conter informações irrelevantes ou raramente necessárias. Como cada unidade extra de informação compete com as unidades relevantes, é melhor evitar o uso desnecessário de elementos visuais, para que estes não possam confundir o usuário.

Estética minimalista

9. Ajude os usuários a reconhecer, diagnosticar e recuperar-se de erros

Mensagens de erro devem ser expressas em linguagem simples, indicando precisamente o problema e sugerindo uma solução, como por exemplo em mensagens de erro em formulários.

Reconhecimento de erros

10. Ajuda e documentação

Mesmo que seja melhor que o sistema possa ser usado sem documentação, pode ser necessário fornecer ajuda e documentação. Qualquer informação deve ser de fácil acesso, sendo um item de auxílio mais independente que o usuário possa utilizar. Um exemplo bem popular são os famosos FAQs.

FAQs

Conclusão

Sendo assim, é importante aplicar essas heurísticas no desenvolvimento de uma aplicação para desenvolver uma boa experiência para os usuários.