ProgramaçãoVagas para profissionais de tecnologia

Quais são os paradigmas de programação mais importantes?

Quais são os paradigmas de programação mais importantes?

Quais são os paradigmas de programação mais importantes? Embora existam algumas similaridades importantes entre as linguagens e os paradigmas de programação, esses dois conceitos (que ainda geram certa confusão) são bem diferentes entre si. E é assim justamente sobre isso que vamos falar hoje.

Enquanto as linguagens de programação são meios utilizados para instruir e comunicar os computadores a fazerem diferentes tarefas e ações, os paradigmas funcionam como uma espécie de identidade dessas linguagens. 

São eles que expressam, a partir de um conjunto de características, sobretudo como uma linguagem funciona e soluciona problemas – o que contribui significativamente para a construção de códigos mais legíveis e organizados.  

Então, ficou curioso para saber mais sobre esse conceito e entender quais são os paradigmas de linguagem de programação mais utilizados? Então siga com a leitura!

Essas são as melhores linguagens de programação para devs iniciantes!

O que é um paradigma de programação

Quais são os paradigmas de programação mais importantes?
Quais são os paradigmas de programação mais importantes?

Os paradigmas são como regras que determinadas linguagens devem se encaixar. Continue lendo que você vai entender!

Como dito acima, os paradigmas de programação são, antes de tudo, um meio de qualificar a linguagem com base em sua funcionalidade.

Em outras palavras, eles podem ser entendidos como um estilo, modelo ou metodologia de programação, que apontam para a melhor forma de solucionar problemas usando uma determinada linguagem. 

O que acontece é o seguinte: Primeiramente com tantas linguagens de programação existentes, é importante que elas sigam algumas regras na hora de serem implementadas. São essas regras, por sua vez, que ficaram conhecidas como paradigmas.

Da mesma forma, quando uma nova linguagem de programação é desenvolvida, ela tende a se enquadrar em um paradigma ou até mesmo em mais de um, conforme suas peculiaridades. 

Por que é importante aprender sobre paradigmas de programação

Há muitas vantagens associadas à compreensão dos paradigmas de programação. Sobretudo como comentamos no início do artigo, eles são o caminho para a construção de códigos mais legíveis e organizados. Mas é claro que não para por aí…

Os paradigmas também oferecem as técnicas mais apropriadas para cada tipo de aplicação. O que, por sua vez, traz mais produtividade para o dia a dia do desenvolvedor. 

Sendo assim, quando um desenvolvedor domina esse conceito ele automaticamente se transforma em um profissional melhor, que é capaz de entender as linguagens de forma mais ampla e até mesmo ler nas entrelinhas dos códigos.

Outro ponto relevante é que o conhecimento sobre os paradigmas certamente adicionará uma vantagem competitiva para o seu perfil numa seletiva de emprego. 

Quando recrutadores ouvem que você domina o assunto, isso agrega ainda mais valor ao seu nome durante o processo e gera mais confiança na sua contratação!

Dicas de carreira: como criar seu perfil profissional com foco na área tech! 

Quais são os tipos de paradigmas de programação

Agora que o conceito de paradigma já ficou claro, nós vamos esclarecer uma das dúvidas mais comuns sobre o assunto: quais são, de fato, os paradigmas de programação?

A verdade é que existem inúmeras opções nesta frente. Por isso, vamos destacar os mais importantes levando em consideração dois grupos principais: os imperativos e os declarativos. Acompanhe!

Paradigmas Imperativos

Quais são os paradigmas de programação mais importantes?

Paradigmas de Programação Imperativos são os que instruem a máquina exatamente o que fazer.

Os paradigmas de programação imperativo tem instruções exatas que devem se passar ao computador na sequência em que terão execução. 

Aqui, basicamente, o programador instrui a máquina sobre como devem se alocar os processos, em uma espécie de passo a passo dos procedimentos.

Entre as vantagens dos paradigmas que pertencem a esse grupo estão a eficiência e flexibilidade, pois além da possibilidade de permitir uma modelagem tal qual o mundo real.

No entanto, trata-se de um paradigma relativamente complexo e, por isso, ele se indica na construção de aplicações que não demandam manutenção no curto prazo ou mudanças muito frequentes.

Dentro dos paradigmas de programação do tipo imperativo, estão os seguintes:

Programação Procedural

Muitas vezes usada como sinônimo de paradigma imperativo, afinal a programação procedural é excelente para programação de uso geral e consiste numa lista de instruções para informar ao computador o que fazer.

No geral, esse paradigma determina que as instruções a serem passadas ao computador podem ser agrupadas em procedimentos – que assim, por sua vez, visam a reutilização do código em pontos diferentes do mesmo 

A maioria das linguagens de programação ensinadas na faculdade são procedurais, como:

  • C
  • C++
  • Java
  • Pascal

No geral, as linguagens que se enquadram nessa categoria tem mais indicação nas seguintes situações:

  • Quando existir uma operação complexa que inclui dependências entre operações e quando há necessidade de visibilidade clara dos diferentes estados do aplicativo;
  • O programa é muito único e poucos elementos se compartilham;
  • O programa é estático e não se espera que mude muito ao longo do tempo;
  • Espera-se que nenhum ou apenas alguns recursos estejam inclusos ao projeto ao longo do tempo.

Caso queira se aprofundar mais no assunto, recomendamos a fonte original de onde as recomendações de quando usar programação procedural foram utilizadas! 

Programação Orientada ao Objeto

O paradigma de orientação à objetos é eficiente, possui diversos benefícios e é o mais popular do mundo!

A programação orientada a objetos (OOP) está entre os paradigmas de programação mais populares do mundo.

Isso se deve, principalmente, aos seus inúmeros benefícios, como a modularidade do código e a capacidade de associar diretamente problemas reais em termos de código. Além disso, ele foi o primeiro paradigma a permitir a programação multiplataforma.

Uma das grandes preocupações do OOP é realçar o que é realmente importante. Não por acaso, ele surgiu com o objetivo de permitir o desenvolvimento mais ágil de programas, sobretudo com maior confiabilidade e redução de custos. 

Neste caso, todos os objetos possuem determinados estados e comportamentos. Enquanto os estados são descritos pelas classes como atributos, a forma como eles se comportam se define por meio de métodos. 

Entre as principais linguagens que o implementam, estão:

  • PHP
  • Java
  • Ruby
  • C#
  • Python

No geral, vale a pena utilizar os paradigmas de programação orientada a objetos quando:

  • Vários programadores atuam juntos e não precisam entender tudo sobre cada componente;
  • Existe muito código que pode se compartilhar e reutilizar;
  • São previstas muitas modificações no projeto.

Computação Paralela

Para completar a lista dos paradigmas imperativos, temos o paradigma de computação paralela. 

Um sistema de computação paralela permite que muitos processadores executem um programa em menos tempo, dividindo-os. 

Trata-se, portanto, de uma forma de resolução de problemas na qual vários computadores trabalham simultaneamente para chegar a um mesmo objetivo.

 Entre as linguagens que suportam essa abordagem, destacam-se: 

  • C
  • C++

Além disso, o paradigma de computação paralela geralmente se recomenda quando:

  • Você tem um sistema que possui mais de uma CPU ou processadores multinúcleo;
  • É preciso resolver problemas computacionais que podem levar até dias para se resolverem;
  • Se trabalha com simulação computacional, inteligência artificial ou modelagem que exige muitos cálculos dinâmicos.

Paradigmas de programação Declarativos

Paradigmas de Programação Declarativos falam para a máquina o que se deseja obter, mas não o processo para isso.

Agora que já explicamos o que são os paradigmas imperativos, enfim vamos para o segundo grupo: os paradigmas declarativos!  

Neste caso, o programador apenas declara as propriedades do resultado desejado, mas não informa a máquina sobre como devem ser feitos os cálculos relacionados. 

Em outras palavras, os paradigmas declarativos focam mais no “quê” deve ser resolvido e não em “como” fazê-lo. 

Ao utilizá-los, portanto, o desenvolvedor deve declarar verdades lógicas imutáveis, para as quais os resultados serão sempre os mesmos.

Entre as principais vantagens associadas a essa categoria estão a facilidade de acesso a banco de dados e o maior nível de abstração do código.

Além disso, os programas feitos com uma linguagem declarativa costumam ser menores, já que é preciso usar menos código para realizar um objetivo 

No grupo dos paradigmas de programação declarativos estão:

Paradigma de Lógica de Programação

O paradigma da programação com apontamento lógico não é composto de instruções e, por isso, se difere bastante dos demais (apesar de derivar do declarativo). 

Ele se baseia em fatos e usa tudo o que sabe para criar um cenário onde todos esses fatos e cláusulas são verdadeiros e apontam para algum final.

Por exemplo: o JavaScript é uma linguagem de programação, todas as linguagens de programação são importantes e, por dedução lógica, JavaScript é importante.

Por obter resultados através do raciocínio lógico-matemático, ele é mais popular entre quem trabalha com Inteligência Artificial. Mas também pode ser usado com sucesso em projetos de comprovação de teoremas e na criação de programas especialistas. 

Entre as linguagens de programação que utilizam esse paradigma, estão:

  • Absys
  • Ciao
  • Alice
  • Mercury
  • Prolog 

Paradigma Funcional

Considerado uma das derivações mais famosas do paradigma declarativo, o paradigma funcional recebe esse nome por se basear no uso de funções matemáticas. 

Neste caso, o programa é composto de funções curtas, no qual esses códigos estão dentro de uma função e essas variáveis têm escopo por definição para a função.

No paradigma de programação funcional, as funções não modificam nenhum valor fora do escopo dessa função e as próprias funções não se afetam por nenhum valor fora do escopo.

Aqui, subdivide-se o problema proposto e as funções implementadas ficam responsáveis por fazer os cálculos matemáticos. Sendo assim, o paradigma funcional é uma indicação nos casos em que há matemática envolvida diretamente na programação.

São exemplos de linguagens que usam este paradigma:

  • Haskell
  • Scala
  • Racket
  • JavaScript

Dicas de conteúdos para se aprofundar mais em paradigmas de programação

Como você viu até aqui, os paradigmas de programação cumprem com um papel fundamental dentro do desenvolvimento.

E já que esse é um assunto complexo, que está longe de se esgotar em um único artigo, separamos alguns conteúdos complementares que também podem auxiliar no seu aprendizado. 

Livros

Vídeos

Considerações finais

Agora que você já conhece os principais paradigmas de programação, vale à pena avaliar os prós e contras de cada um, e assim colocar na balança e verificar qual deles é o ideal para o seu projeto.

Afinal o mais importante é ter em mente que seguir uma abordagem de paradigma ao implementar seu código fará toda a diferença. Afinal, eles ajudam a reduzir significativamente a complexidade dos programas. 

Leia também o artigo “O que é Robot Framework